sábado, 24 de setembro de 2016










Como só tu me reconheces no escuro da noite,
como só eu sei dar de mim à entrega de
muitas noites,num só desejo.
O inicio de qualquer coisa
perdida no regaço do teu abraço,colo da 
minha ternura.
Como só tu me recebes,como só eu sei partilhar
pedaços de afectos cerzidos no olhar, mar do nosso
navegar, margens e foz da tranquilidade merecida.
Prolongada primavera,chegada do nosso outono.
Tu e eu,amor aos pedaços, doce maturidade feita de
ternura.










Célia M Cavaco / Desvios