sábado, 24 de setembro de 2016





Nas minhas mãos, por vezes inseguras, carrego o peso da vida,do mundo que de tão grande me verga aos dissabores do vento que passa. Nas minhas mãos, o contentamento da ternura que embala o corpo,o meu corpo solitário descontente.Não sei que tempo,não sei que outro mundo senão o que me habita num labirinto de palavras soltas,palavras sentidas que saem num alvoroço; pousando nos lábios a ternura de uma bonança, onde os olhos alcançam a imensidão do mar que escuta o marulhar dos pensamentos.
Nas minhas mãos,a maternidade gravida de esperança.O amamentar da vida que segue,o caminho que me encontra.
Nas minhas mãos, todo o carinho feito ternura; tecendo a fio os dias que se seguem ao antes onde o tear descansa no regaço da tranquilidade.









Célia M Cavaco / Desvios











Arte: Rita Foster