domingo, 25 de setembro de 2022


 

Tudo é um caminho, tudo se inicia com um ciclo, tudo termina não por querer ,mas, pela falta do que não nos acrescenta e valoriza.








Célia M Cavaco,In DESVIOS

sábado, 24 de setembro de 2022


 

Por ser Outono, o cair da folha, a nostalgia e a sombra das horas. Por ser Outono, o tempo e os meus momentos guardo-os nas mãos côncavas para descansar os instantes no regaço do meu horizonte como uma sinfonia composta pelo teu olhar de um só tempo, um adeus por terminar, um sopro de vento, um beijo em folha de Outono. Por ser Outono, sou a brisa que de leve respira como último folego, do outro lado onde tudo é leve, e, de reencontro, espero o Outono como uma última despedida, onde o vento passa cantando a última das músicas, um só tempo, um só Adeus.





Célia M Cavaco In, DESVIOS

quinta-feira, 18 de agosto de 2022


 

Quando nada demove o silêncio
a demanda dos pensamentos
voam consoante o contar das
estrelas, uma, a uma é um céu
de luz a entrar pela janela
escancarada com cortinado
de lua cheia.
Sabe bem voar nos caminhos
que silenciam os sonhos.
Pensamentos aprisionados,
passos desgastados pela terra
batida, o ir e voltar no voo
das aves que com elas trazem
o crepúsculo.
Nas horas da tarde as memórias
dançam sem dor nem mágoa.
Apenas o silêncio é libertador
quando a solidão lhe é aliada.







Célia M Cavaco, In DESVIOS


terça-feira, 5 de julho de 2022


 





Hoje queria estar nos teus braços embrulhada nesse mar imenso onde me sei amante.
Vestindo-me por inteiro num provocante marulhar com o cântico dos búzios onde dois somos um.
Espreguiço a ternura que se atreve em voo de gaivotas no mar chão.
Entro devagar na indolência, lado a lado, no outro mar, o mar da tranquilidade, deito-me no sonho que ouso tocar com as mãos que procuram tocar-te, de tão perto é ter-te.



Célia M Cavaco,in Desvios

Arte: Frederic Forest

segunda-feira, 4 de julho de 2022


 





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