sábado, 28 de novembro de 2015






As palavras são minhas, a imaginação pertence-me,os sentimentos inerentes aos momentos que as palavras jogam com a imaginação, são espaços breves de um suposto poema.Poderia ser um poema... Pode até ser a exacta memória do que vivi...Poderia ser um poema...Pode até descrever aquele momento onde os olhares se cruzam,e as palavras ficam no silêncio.O poema, é a geografia emocional de cada um,é partilhar a sensualidade, é a tristeza contida nas palavras breves...A raiva que se encaixa na tristeza,na perda,na alegria...Sim,até a alegria por vezes nos incomoda,porque só é sentida por uma das partes.Tal como o amor platónico.Gostar de...sem o outro saber. Aí,as palavras voam como se encontrassem o vento que as levasse em sussurro ao teu ouvido; seria esse o momento em que a brisa te faria sentir este meu poema que chegou até ti como uma nuvem passageira empurrada pelo vento.São tantas as definições onde me encaixo, que aprendi a ser poema sem ser poeta.Que aprendi a escrever sem nexo, palavras coerentes sem rima.O meu poema...poderia escrever tanto e tão pouco,que nem te aperceberias que era realmente um poema. Ainda que eu não saiba como escrever-te um poema,posso tentar dizer-te sem escrever coisa nenhuma "Amo-te". Este é o único poema que tentei escrever...Talvez um dia,sem te aperceberes o meu abraço se faça poema, talvez um dia,eu aprenda a escrever-te...










Célia M Cavaco / Desvios








Imagem: Mark Olich (Bailarina,Diana Vishneva)