domingo, 19 de setembro de 2021


 


Contradições de mim...

Às vezes perdemos tanto de nós, que não damos conta que nos tornamos absurdamente solitários.
A partir daí vivemos uma marginalidade de afectos. Gostamos muito, mais até do que é possível para preencher ou colmatar uma outra forma de ver e viver os momentos. Há a idade da inocência, e a idade do crepúsculo, quando aí chegamos temos uma visualização do que nos faz bem sentir melhor ,escolhemos criteriosamente o o fácil, porque é o medo, de estar só, o medo de não acabar a vida da forma mais digna, que escolhemos e queremos atingir a perfeição, quando nos damos da maneira mais difícil, ficamos na incerteza se o coração aceita, é porque o primeiro olhar é aceitar a simplicidade do que achamos ser difícil de alcançar quando afinal a vida tem a sua leveza. Dia a dia, faz um dia de cada vez. Subimos, jamais queremos descer ao ponto de estarmos numa solidão propositada acompanhados por nós mesmos nesse nosso papel principal. A idade que nos pertence ter quando aprendemos a ser nós mesmos antes do cair do pano.
Todos somos solitários quando estamos acompanhados por esses momentos únicos, quando conseguimos ouvir-nos nesse silêncio tão nosso, tão difícil, tão fácil de fazer acontecer e querer (...)








            Célia M Cavaco, In DESVIOS





Arte ( ?)