Tenho medo, medo sobretudo da perda, de ficar isolada num pensamento aleatório onde inexplicavelmente o medo fica até verbalizar, fazes-me falta (...) e o que me pode fazer assim tanta falta e de tão importante que me faça prisioneira do medo?... talvez quando deixo o medo ir embora e me aperceba que o amor próprio é a minha maior segurança, a minha liberdade é alcançada quando enfrento corajosamente o medo. Talvez seja esse o caminho ao entendimento de que o medo é também um acto de coragem, um acto de inteira liberdade ao apercebermo-nos que nem sempre a sombra do medo sai vencedora...

Célia M Cavaco,In DESVIOS