sábado, 9 de julho de 2016






Uma janela,um rio. Um adormecer de ondas,um acordar de mansinho pelo mesmo rio que entra pelo mar. A viagem solitária das estrelas e da lua que namoram o rio.Tudo isto num olhar  interior de uma janela. Uma miragem de muitas noites que madrugam no acaso do sol que incide sobre o rio que dá para a janela virada para  os sonhos deambulados  nas águas prateadas dum rio que abraça o mar.Navegar por ondas de espuma tal como as nuvens que abraçam o horizonte de caravelas e gaivotas que pairam sobre o rio e o mar.O olhar insiste,persegue, e, navega como um navio à deriva sobre o rio. Lonjuras  de espuma, marés de marinheiros que atracam no cais de uma janela para o rio. O rio e a janela, que por magia, azula as águas incolores abraçando  o rio e o mar visto do interior de uma janela.









Célia M Cavaco / Desvios










Arte: Karen Hollingsnorth