domingo, 8 de maio de 2016




Doces são as palavras que escuto nos ventos que trazem a bonança das tempestades. Não são palavras ao acaso,são folhas leves e soltas que voam como a fina flor onde a abelha colhe o néctar para o alimento doce da alma que escuta o silêncio,a serenidade, pólen do amor que reparte no vento a doçura de todas as que pousam na minha boca, que aceita,e guarda as palavras no regaço,no punho fechado de exaltação à guarida das palavras soltas ao vento, sopro que enaltece o suspiro com que se fazem ouvir.Levemente,elas teimam em cair,perto de ouvir, a distância com que cantam o lamento do vento,as palavras, que ouço...guardo-as,como batidas intermitentes...leves cantam a canção do vento,palavras livres, onde o mar galgou o coração...palavras do vento que canta.










Célia M Cavaco / Desvios











Imagem : Harvey Otessa