domingo, 17 de abril de 2016




Tenho sede de beber o cálice da vida, sangue, corpo, vinho fermentado,  pão multiplicado para salvar o mundo. Tenho sede de beber palavras num terço sem cruz,sem religião,sem Deus,sem misericórdia, sem salvação...
De joelhos, peço à vida a luz que me inspire e ilumine a via sacra onde caminho descalça. Penalizo-me,benzo-me com o ramo da oliveira.Rezo no muro das lamentações.Tenho sede de beber a claridade,renascer numa outra forma de ser mundo de estrelas,e céu, onde será a minha última morada.Bebo pelas mãos ,as últimas lágrimas apuradas na purificação do corpo. Retorno ao início de tudo...Fruto sem pecado,o amor na sua genuína forma de dar. Amo-te,assim... renasce a ramificação de mim para a vida.










Célia M Cavaco / Desvios