domingo, 20 de setembro de 2015



Quantas vezes no olhar,me leste o pensamento?... Quantas vezes o pensamento foi refugio e solidão?... As mãos perderam-se nos nocturnos de Chopin,a valsa inacabada dos sonhos em sonata de beethoven. A surdez de não escutar,levou a uma intranquila definição.A memória do fingimento. Dentro do guião os personagens desencontraram-se,não houve papel principal.Olhando o exterior,o sol está em sintonia com o horizonte. As cores escolhidas pintam o céu de um azul infinito,o laranja do sol poente. Os pássaros sem rumo escolhem o abrigo da noite na copa das aves. Tudo passa em relâmpago numa folha perdida no vento. A janela por fechar,dentro o silêncio passeia a passos largos. A porta entreaberta deixa sair segredos incontáveis...





Célia M Cavaco / Desvios