sábado, 24 de setembro de 2022


 

Por ser Outono, o cair da folha, a nostalgia e a sombra das horas. Por ser Outono, o tempo e os meus momentos guardo-os nas mãos côncavas para descansar os instantes no regaço do meu horizonte como uma sinfonia composta pelo teu olhar de um só tempo, um adeus por terminar, um sopro de vento, um beijo em folha de Outono. Por ser Outono, sou a brisa que de leve respira como último folego, do outro lado onde tudo é leve, e, de reencontro, espero o Outono como uma última despedida, onde o vento passa cantando a última das músicas, um só tempo, um só Adeus.





Célia M Cavaco In, DESVIOS