sábado, 5 de março de 2022


 

Queria dar-te um ultimo adeus, aquele adeus que reneguei tantas vezes como palavra profana.
Um adeus é infinito como o universo, nalgum lugar sabe-se lá onde
numa qualquer esquina esperando ver a tua sombra e dela me despedir assim que o sol se pôr.
O meu adeus não é de despedida, nem sei como o defina
é um Adeus de até breve, despedida com esperança de voltar
ao mar das tempestades, lenços brancos na partida feita no cais,
adeus de desesperança como quem se despede para sempre.
Por todas as ruas, esquinas e largos, procuro nesse adeus infinito um regresso ao cais da coluna como se um amor partido
voltasse com um olá ,nunca um adeus, adeus é fado parido na dor que nem sabe como se sente acontecer...


Célia M Cavaco, In Num outro lugar