quarta-feira, 20 de outubro de 2021


 


Os dias, são apenas dias, as noites, apenas o fim do dia que na escuridão espera o acordar da madrugada até voltar a ser dia, que são dias eternos até que a noite se finde com o chegar das horas que têm minutos e segundos de vida nestes dias que nos sustentam a cada segundo a esperança, nesta, por alguns momentos ou instantes encontra-se a felicidade de apenas um dia, ou muitos dias que perfazem anos. Os anos são dias contados ,uns ricos de tudo, outros, tão pobres que se esquecem no dia, ou nos dias intermináveis. Tudo se resume à temporalidade de uma existência universal como quando um dia nasceu o paraíso. E nesse dia, certamente, sem calendário nem ponteiros de relógio se soube que o dia, marcou outros dias vindouros de promessas, o início e o fim. O dia e a noite, um dia que nasce todos os dias, e num só dia, numa só hora, o segundo, o último segundo em que se aprende que nada vale se não estarmos presente no último instante em que se nasce e morre um dia, sem que nada se possa prever, nem a última despedida;  nesse dia  em qualquer parte do mundo. Desse  universo, nasce um  outro dia,  o acordar  conta como um novo dia que ao despontar tudo pode acontecer. O nascer e o renascer de um dia inventado.






Célia M Cavaco,In DESVIOS