sexta-feira, 20 de setembro de 2019




Não me poeto no Cântico Negro,nem me dou à escolha do não,não vou por ai...
Sou por Deus; Talvez o diabo já me tenha tentado a ir por aí,e,talvez Deus que eu tanto ponho em causa me tenha convencido que sim, ir por aí seria a melhor opção,a escolha sensata.Talvez,perante um cruzamento eu tenha sido salva por mero acaso no último segundo de imprecisão (...)
Talvez em causa própria eu tenha colocado a dúvida do bem e do mal,qual deles o vencedor perante a incerteza de estar só num caminho de terra batida,qual deles prevalece se escolher não vou por aí...ou mesmo,vou por aí...qual sei ser o melhor? Por suposição certa ou errada,o vou por aí,ou não,me faça ir em linha recta,como pessoa, seria o mais sensato; Ou de mim, que sou a que anda perdida no mundo; como Florbela eu tivesse amado perdidamente.Outras tantas vezes,com certa altivez eu gritasse como Natália,ó subalimentados do sonho... a poesia é para comer...
Com Clarice,talvez a que eu consiga vestir melhor os meus dias,felizes ou infelizes aprendendo que a vida é um soco no estômago.
Entre certezas e incertezas, me aceite como sou, um poema inacabado...

Célia Cavaco,In MOMENTOS ECOLÓGICOS

Arte:Gioia Cordovani