domingo, 22 de outubro de 2017




Nas ruas da cidade grande,pessoas em azáfama social. Trabalho,divertimento,jardins,lugares de culto, tudo lado a lado.A vida agitada em euforia galopante,tudo a fazer caminho para chegar às sete colinas.Cada recanto uma descoberta.Um mundo a partilhar como quem tropeça, por aí, sem combinar, o caminho faz uma constante.Calcorrear a calçada antiga torna-se vício.
Ricos e pobres em contra-mão,a incomoda indiferença pula e avança.Entre risos,passos acelerados atropelam os incautos observadores.Há vida por viver,cada minuto perdido empobrece o tempo.Nas janelas, roupas de todo o mundo,corpos e rostos cosmopolitas espreitam a cidade com sons e falas de outras terras.De mãos dadas percorrem lugares seus,o acaso é tonalizando por cores à beira rio.Rio de caravelas e pelejas ,guerras e conquistas ganhas.Uma história por contar,um romance por escrever. O amor a descobrir-se,sem receio falam a linguagem dos gestos.Todos passam,nada lhes importa.São um todo desse mundo cosmopolita na cidade grande.Misturam-se entre gentes apressadas,de mãos dadas fazem parte integrante da paisagem.Nada lhes importa,andam na descoberta do tempo perdido.O beijo acontece.Beijam-se...
De mãos dadas fazem com que a vida aconteça.Por aí...tentam viver a vida interrompida.Um casal entre outros,não fosse a aura que os acompanha tornar-se-iam despercebidos.Sabem que o tempo é limitado,a pressa de se querem tem condicionantes.Amam-se,tocam-se como quem desespera à partida anunciada.O adeus iminente,demasiadas partidas.Ambos ficam de repente sós.A cidade grande escurece pelas horas tardias.Por aí...amanhã outro dia acontece.Encontram-se, caminham de mãos dadas .A vida numa constante procura.De mãos dadas...






Célia M Cavaco,In Desvios








Photo ??Google