segunda-feira, 24 de abril de 2017






Sei-te longe nessa distância de palavras soltas de verbos e ternura escrita nos abraços desenhados na inquietante forma de amor vadio no caminho do desencontro.
Reivindico o querer-te nesta fragilidade de ser poema insatisfeito onde o desejo do sonho por sonho
deambula a distância que faz tempo.
Não quero perder-me nas estrelas que vestem o céu,nem quero despir a lua que me cobre.
Num luar de pertença cumpramos a promessa de sermos nocturnos predestinados a encurtar os sentidos num interlúdio silêncio que explode.
Sei-te longe nessa distância onde tudo ainda é cedo e o amor ainda dorme as ausências







Célia M Cavaco,in Desvios







Photo: Yuichiro Miyano