quinta-feira, 6 de abril de 2017





Debruço-me sobre a perversidade da imaginação .Cegam-me as palavras por ler na de saudade sem permissão numa solidão sem abrigo; retiro-me quando confrontada com a claridade das manhãs,a dualidade caracteriza-me nas horas que acompanham o rasgar do tempo bordado por luas mágicas.Sobre o peito desnudado o vermelho ferido.O doce divino deixado nos lábios à pressa de um amor amante nas horas vadias.
Cerzida numa extensa nostalgia,a amargura da rosa desfolhada de pétalas cobre-me de intermináveis diálogos imprevistos.Na minha alma os retalhos transfiguram-se no poema sem trilhos de escrita.
Procuro-me na natureza pura e genuína dum olhar por descobrir.










Célia M Cavaco / Desvios







Arte: Galya Bukova