Abrir um blog de poesia, nada de especial. Mas um blog onde se pode escrever palavras, momentos a partilhar, é um atrevimento, que poderá ser uma ousadia. A minha, onde por instantes viro uma suposta página do meu livro.
quarta-feira, 1 de fevereiro de 2017
Um jeito perdido,a oração esquecida. Palavras infiéis, medo,sacrilégio. Uma vela em espiral,a
luz trémula apazigua o medo mais que as palavras fugidas de uma oração esquecida. O silêncio como ultimo recurso.A obsolvição nas rezas matutinas,o corpo a descoberto,as vestes deixadas aos pés da cama que cruza o sono com a madrugada.Deixa-me ouvir-te,deixa que seja eu a filha a ouvir-te pai. Deixa que o meu silêncio seja a alma confessa dos pecados.Somos imperfeitos na mútua perfeição que nos aceita com os imprevistos. Deixa-me ouvir-te ouvindo-te na mais absoluta tranquilidade.Deixa que comunguemos a paz tão ansiada.Hoje ouço-te chorar...
Célia M Cavaco / Desvios