segunda-feira, 17 de outubro de 2016










Como tudo na vida,há um tempo para terminar o que nem se chegou a começar, um virar de página . Talvez a espera seja cansaço, incerteza,ou o sentido prático de um romantismo surrealista.Se começou, uma das partes elabora cansaço para colocar um fim, fim onde falta a ultima folha.Olhando para lá do mar,o mar que traz todas as respostas na confusão de cores azul céu,verde água,espuma de segredos,mil uma marés de luas navegantes,remos,braços cansados de abraços,farol de abrigo,dor prepotente, dor enciumada do amor sem lugar,vadio de palavras que teimam ser estrelas na noite do deserto, sono dentro do sonho.
Começar,começar de novo poesia sem prosa,rimas ao acaso,pontuação de incertezas,nuvens passageiras,acaso do ocaso onde o abrigo é longínquo . Barco ao mar procurando a foz da quietude.Descanso,começar de novo,tempo onde ainda à partida é chegada.









Célia M Cavaco / Desvios