sexta-feira, 28 de agosto de 2015






As marés vivas, chegam com as tardes frias na mudança de estação. O outono começa a dar tonalidade às folhas que caem e atapetam o chão. O vento varre-as na sinfonia de Vivaldi. As janelas começam a estar fechadas.As aves partem,outras permanecem. As frutas da compota,começa a cheirar na cozinha das avós.A despedida de tudo.Recomeçar com a mochila dos livros.Os agasalhos,cachecol,luvas a querem mudar para o armário de verão. Trocam-se e cumprimentam-se com um até breve.Apesar de ter passado pouco tempo,já se começa a falar do ano novo lectivo. Uns despediram-se para sempre do recreio,outros,reencontram amigos.Faz-se novas amizades.Os namoros da adolescência,a ficam para trás. Começar uma vida de adulto,onde as responsabilidades lhes dará um futuro. De menina a mulher  começa a respirar a liberdade das suas escolhas. Faz-se adulta,com saudades do colo dos que a acompanham pela vida fora. Depois,há o regresso aos paladares da mesa,lembrar o que nunca se esquece. Dormir na cama dos abraços. O outono,a poesia com outras cores. O amor maduro,entre a adolescência e a idade a ser adulta. No fundo,vai sempre existir a criança que guarda por uns tempos, como " A idade da inocência"...





Célia M Cavaco / Desvios