domingo, 19 de setembro de 2021




Não me poeto no Cântico Negro, nem me dou à escolha do não, não vou por ai...
Sou por Deus; Talvez o diabo já me tenha tentado a ir por aí, e ,talvez Deus que eu tanto ponho em causa me tenha convencido que sim, ir por aí seria a melhor opção, a escolha sensata. Talvez, perante um cruzamento eu tenha sido salva por mero acaso no último segundo de imprecisão (...)
Talvez em causa própria eu tenha colocado a dúvida do bem e do mal ,qual deles o vencedor perante a incerteza de estar só num caminho de terra batida, qual deles prevalece se escolher não vou por aí...ou mesmo, vou por aí...qual sei ser o melhor? Por suposição certa ou errada, o vou por aí, ou não, me faça ir em linha recta, como pessoa, seria o mais sensato; Ou de mim, que sou a que anda perdida no mundo; como Florbela eu tivesse amado perdidamente. Outras tantas vezes, com certa altivez eu gritasse como Natália, ó subalimentados do sonho... a poesia é para comer...
Com Clarice, talvez a que eu consiga vestir melhor os meus dias,  felizes ou infelizes aprendendo que a vida é um soco no estômago.
Entre certezas e incertezas, me aceite como sou, um poema inacabado...






Célia M Cavaco ,In DESVIOS








Arte:Gioia Cordovani