terça-feira, 15 de novembro de 2016








Tem a paixão pelos livros, livros que passaram horas nas suas mãos como sua única e real paixão, palavras que leu entre lágrimas e sorrisos. Gosta de cheirar os livros,tem algo de inexplicável. Como inexplicável é ler o final para que a ansiedade se torne um prazer inolvidável.Cada livro é como se fosse escrito pelas suas mãos tantas vezes está dentro daquelas páginas numeradas. Já os livros velhos é como uma casa desabitada,ouvem-se passos e portas a fecharem-se com o vento, cadeiras arrastarem-se no soalho de madeira,o piano desafinado, as personagens como fantasmas a saírem da ópera a gargalhar no final da peça onde pano reabriu tantas vezes quanto o entusiasmo dos aplausos.Os livros velhos têm a vantagem de se impor nas estantes como os veludos aprumados nas capas de um salão de baile.Adormecer com o livro entre o afago de um abraço,um calmante para a tranquilidade do sono. Inexplicavelmente existe a triologia entre a ansiedade,serenidade e o livro, que origina  um sono tranquilo e seguro de si nas horas seguintes. Há contudo, o sonho, que se intromete na leitura trazendo as personagens como invasoras ao primeiro dos sonos. Depois,outro livro,outras viagens. O livro seguinte será sempre o melhor de todos...










Célia M Cavaco / Desvios