Abrir um blog de poesia, nada de especial. Mas um blog onde se pode escrever palavras, momentos a partilhar, é um atrevimento, que poderá ser uma ousadia. A minha, onde por instantes viro uma suposta página do meu livro.
segunda-feira, 7 de novembro de 2016
Escuridão, a noite sem lua desde logo ao anoitecer. As estrelas arrumadas de prevenção à proximidade da noite sem luar. Noite silenciosa, silêncios, escritos no bafo nublado do vidro, olhar opaco de um silencio inoportuno .Árvores, sombras,o nu longe da indivisível forma de comunicar entre corpos famintos de desejo.Olhares incomunicáveis nas palavras feitas .A noite interminável sem o do tango prometido. Mãos atrevidas,o corpo brilhando o beijo prometido ao sexto sentido.Prazer, união entre o fogo cruzado do momento. A noite, amor sem promessas.Somente a noite,os corpos desenhados na cortina das sombras.Do lado de dentro,o coração a duas mãos,a suavidade de Debussi aos nocturnos que despertam o amanhecer da noite tardia.
Célia M Cavaco / Desvios
