terça-feira, 19 de abril de 2016







Há um longo caminho que ainda tenho de percorrer até conseguir alcançar a tua mão. A mão que me deste e rejeitei na minha  frustração. Achei que não eras merecedor da minha  humilde maneira de ser. Quando só,  vi-me naquele mar infinito e agitado sem forças para regressar a terra. Perdi-me nesse oceano vasto de águas, onde as marés são no mar alto. O barco sem remos levou-me longe,tão longe que percebi que tenho de estender a mão para que me aceites . Regresso com a paz que tanto procurei,ainda que tenha andado por águas turvas,apercebo-me da minha elevação espiritual. Estou onde estou,porque a tua mão apanhou todas as minhas lágrimas,e acalmou o mar revolto onde naveguei perdida de todos os rumos que pensava existirem além de ti...








Célia M Cavaco / Pontas Soltas












Photo: António Mora