segunda-feira, 4 de abril de 2016





Esta chuva persistente que teima em cair,entristece o coração, molhando o corpo e a alma. Cai nas pedras da calçada, com ritmo cadenciado, lava e leva tudo, como se estivesse furiosa com quem se intromete no seu caminho que leva ao rio as lágrimas d´um céu zangado. A água que é vida, que alimenta a terra,que por sua vez mata a fome a quem por ela morre. A chuva persistente que cai insistentemente pingo a pingo faz um rio,lava a alma da gente,mata outras tantas que incautas se afoitam a enfrentá-la nas torrentes que abrem o céu descontente e reclama gentes...
Pelos vidros da janela, escorre a chuva como se nada importasse,por detrás dos vidros outra chuva molha a cara que por ali vê o mundo. Cai a chuva persistente,que incomoda, mas, a chuva é vida,é baptismo de fé. Outros que choram,porque a chuva não chega à terra de ninguém...











Célia M Cavaco / Desvios