Que a porta esteja sempre aberta. Que venhas beber a minha sede,como os meus lábios irão refrescar-se bebendo da tua sede.
Que os teus braços sejam o meu refugio.Que neles descanses a tua vontade de adormecer embalado nos abraços meus.
Que a noite se encarregue a ser ouvinte de todos os ais e segredos entre as paredes do quarto. Que a música seja a pauta nos teus,meus dedos, em sintonia,sinfonia das nossas mãos. Que a música, seja  obra tocada nos corpos a quatro mãos.
Que a noite chegue devagar,tanto quanto o tempo, temos de permanecer.De madrugada, a lua ainda encontra o sol envergonhado. Nasce o dia,quando a porta ainda está fechada.... Que venhas beber sempre a tua sede...
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Célia M Cavaco / Desvios