Deixa que o corpo frágil repouse no teu regaço feito cama. Que as mãos sejam ternura nesse corpo manto de saudade.Que os dedos abriguem na pele, o toque do linho no corpo abrigando a nostalgia feita fio de linho por fiar. Que o relógio do tempo dê as horas do ocaso. Que as Avé-Marias sejam madrugadas, as auroras de nós,corpos de infinitas noites por dormir. Deixa o corpo vestir-se de suaves brisas. Por amar assim!... infinitamente e perdidamente,o corpo frágil é flor em botão na tua Mão...
Célia M Cavaco / Desvios
Photo: Michael Ezra