segunda-feira, 21 de março de 2016



Deixa-me,deixa-me ser poema por um só dia. Que todos os outros sejam versos e rimas,numa dessas noites de luar, sem lua prateada.
Deixa-me ser musa do ocaso,onde as palavras me possam vestir de poesia.Que os versos sejam orvalho na candura do meu corpo.Sobre a pele desnuda, escrevas melodias, sonhos numa noite de inspiração. O poeta, a ilusão de todas as palavras silenciadas. Um só poema, onde a musa seja o silêncio e a noite,o poema, o  amante da intimidade... Deixa-me por um dia só,ser poema na mão que escreve  coração.











Célia M Cavaco / Desvios