Abrir um blog de poesia, nada de especial. Mas um blog onde se pode escrever palavras, momentos a partilhar, é um atrevimento, que poderá ser uma ousadia. A minha, onde por instantes viro uma suposta página do meu livro.
terça-feira, 16 de fevereiro de 2016
Guardo a minha tranquilidade!... Esconderijo do meu desassossego. Vagueio na intemporalidade da existência. As palavras guardo-as com chave mestra,amparo do meu silêncio. Devaneios interrompem a altivez de cada uma das palavras,narradoras vozes solidárias num desabrigo de interrogações.
Aprisionadas, soltam expectantes delírios. Escrevem-se a si mesmas como autoras de um circulo vicioso. Estar,ser,são uma constante intimidação. Escrevo-as? Deixo-as livres no incomodo silêncio narrativo e silencioso refugio? Dúbia vontade de liberdade!... Indecisa forma de estar dentro de cada uma delas.Sou o restolho das palavras com que me defino. Sou apenas a extensão de cada uma, numa única forma de escrever. Silêncios!...
Célia M Cavaco / Desvios
Imagem: Andrzej Kaczmareck
