Abrir um blog de poesia, nada de especial. Mas um blog onde se pode escrever palavras, momentos a partilhar, é um atrevimento, que poderá ser uma ousadia. A minha, onde por instantes viro uma suposta página do meu livro.
terça-feira, 26 de janeiro de 2016
Deixa que o corpo adormeça no agasalho dos teus braços. Que a noite fique adormecida nas estrelas,e a lua esqueça o sol embalado nas horas sem acordar o dia. O silêncio escureceu a luz que incidia sobre os trajes dispersos. A noite cúmplice no seu desajeitado adormecer. As horas impertinentes, acordavam os minutos no remexer de cama onde os lençóis cobriam o frio da intimidade. O bolero no prolongado escuro,a dança num interlúdio.Apenas os braços se abriram no silêncio de nada exigir,ouvindo apenas a respiração e os compassos nos prolongamentos. A sinfonia infinita,a orquestra perfeita.
Célia M Cavaco / Desvios
Arte: Antoine Villiers