terça-feira, 1 de dezembro de 2015





Com que direito me julgas, se nem reconheces no meu olhar o mundo que nele habita? Reconheço, que até eu faço juízo de valores do que sou como ser humano.A instabilidade persegue-me,a dualidade das emoções são repetitivas. Carrego no olhar toda a alegria de viver,mas a tristeza cada vez mais ensombra o verde esperança com que sonho acordada.Há dias em que a janela da alma se fecha aos olhares curiosos. Há dias que são um poema declamado,outros,poemas escolhidos da dor que não passa...
Existe um cansaço,um cansaço excêntrico como o ego que usurpa as minhas vontades. Se pudesse, tacteava a forma do teu rosto,guardando na memória cada ruga que emoldura os anos passados. Nos meus olhos,persiste o olhar da inocência prescrita.É como se aprendesse a andar sem apoio,e a alma visse pela primeira vez, o som da tua voz que os olhos guardaram no primeiro dia que te viram...











Célia M Cavaco / Desvios









Imagem: Victor Hamke