Abrir um blog de poesia, nada de especial. Mas um blog onde se pode escrever palavras, momentos a partilhar, é um atrevimento, que poderá ser uma ousadia. A minha, onde por instantes viro uma suposta página do meu livro.
terça-feira, 29 de dezembro de 2015
Absurdo silêncio guarda o final da tarde,talvez um cansaço espiritual após o natal. A contagem para o final do ano... O velho ano onde tudo foi muito.Risos,lágrimas,medos,esperanças muitas,tantas, quanto o acreditar que a fé move montanhas. Guardaram-se silêncios, confidências, palavras, segredos; Um ano cheio de tudo...Doze badaladas de esperança como se fossem nove luas grávidas.Passou rápido,aparentemente rápido. Virou o século há dias,meses,anos!...Tudo gira no eixo do universo que se acredita estar em transformação.Olha-se no espelho, é como se houvesse um diálogo sem resposta.Mas o reflexo não mente,o rosto tem alterações visíveis apesar do interior continuar intacto.Uma,duas,três... Guardam-se doze passas,doze desejos, uma por cada mês do ano.Haverá sempre estações do ano.O nascer e o cair da folha,pássaros que regressarão aos ninhos. Haverá sempre um Outono que fará a diferença.Porque cada um tem a sua estação...Depressa virá outra vez o frio,o Natal,e o Ano Novo não tarda (...)
Célia M Cavaco / Desvios
