quarta-feira, 4 de novembro de 2015






Quanto amor...As tuas mãos tremem de ternura... Mãos gigantescas de todos os afectos,de todas as lágrimas enxutas na palma da mão. O teu amor,um pouco abstracto,sem demonstração, que o amor não se mede por palavras,mas pelos gestos das mãos que afagam o corpo chegado ao peito num redondo abraço; Acolhedor,quente que baste para nunca esquecer a infância,e a adolescência. O colo de todos os refúgios, de todas as fugas,e de mágoas que terminam nesse colo que foi cordão umbilical. As tuas mãos,as minhas mãos,uma descendência maternal que há muito perdura em todas as mães que amam e cuidam. Amar é cuidar,as tuas e as minhas mãos,são uma geografia de afectos,alargam-se à medida que o amor cresce,à medida do envelhecimento,as mesmas mãos,recebem a dávida de um outro amor.O amor retribuído à medida dos anos que vão, e que ficam na memória das mãos que deram e receberam a ternura imensa de  ser mãe e filha... 

(as,os)...






Célia M Cavaco / Desvios