terça-feira, 17 de novembro de 2015



Não há nada que explique o vazio,aquela sensação de tédio como uma frustração antecipada,uma previsão de derrota sem início de projecto. As nuvens a sobreporem-se ao horizonte,o azul do céu escondido entre o sol e as nuvens brancas em forma de algodão.
A paisagem desfocada,o sentido de humor a fazer companhia ao tédio...
A janela fechada à entrada do ar,as folhas a baterem nos vidros,um vento sem rumo; Uma tela sem assinatura ,um começo de dia diferente. Queria que estivesses aqui,que ouvíssemos o barulho do mar, no vai vem das ondas, ouvir Chopin, sentir a entrega do abraço,realizar o desejo,encurtar caminho,entregar-te ao mundo dos afectos...
Perpetuar as memórias do dia, regressar às manhãs luminosas que habitavam as múltiplas magia (s) de beijos incendiados nas sílabas intimas penetradas no subterrâneo da cumplicidade.Queria!...Resistir à ausência do corpo.








Célia M Cavaco / Desvios







Arte: Tuvaldeki Sanat