sábado, 10 de outubro de 2015



Pela noite dentro,entram todos os silêncios
todos os segredos,todos os medos.
Pela noite os passos regressam
com a memória de um ritual lunar
todos os retalhos por remendar
tapam palavras soltas e frias.
São as noites desconhecidas
os nocturnos imperfeitos a quatro
mãos  procuram saídas solitárias.
O corpo frio, abriga-se na calada da noite
adormece, com o uivo do lobo na lua
que abraça e aquece a personagem
envolta no sonho privado, o mistério
de saber-te vir ao encontro da intimidade .





Célia M Cavaco / Desvios