(...)
Chamar o teu nome,na noite escura de todas as aflições,é suportar o inconcebível. As horas morrem na espera contínua de todos os segundos. O corpo arrefece nas ausências prolongadas. O perdão do pecado cometido,sem a absolvição permitida no acto de contrição.As lágrimas correntes, lavadas no lenço branco da partida. Os corpos ocupados nas mãos desencontradas. Talvez tudo estivesse predestinado,talvez o sonho esteja ocupado em procurar-te,talvez...
Se partires não me abraces, a noite leva-te na sombra do poema.
Célia M Cavaco / Desvios
