sábado, 5 de setembro de 2015




Ás vezes nascem palavras soltas, que magoam e lapidam a inocência. Emudecem rostos difíceis de desenhar na mão do artista,e no poema, o desencanto do poeta. O quadro mudo,a boca calada aos beijos da manhã.O inevitável regresso ao silêncio. O pincel desenha as curvas geométricas dos lábios ávidos das primeiras palavras. O beijo coloriu os lábios sem plágios. Schubert,tocou Serenede quebrando o feitiço dos afectos perdidos a preto e branco...






Célia M Cavaco / Desvios






Arte: Mathieu Bassez