Sou o que sou, nada em mim
é o que se vê, a não ser o rosto
exposto aos olhares curiosos que
do que vêem não conseguem penetrar
no meu mundo interior.
Sou asas de liberdade
voo no imensurável
pensamento que em mim
habita momentos únicos
na vontade de ir além do visível
o muro da minha indiferença
contrasta com o vulcão de
tempestades inerentes às
aparentes fragilidades.
Célia M Cavacos / Desvios
Imagem: Victor Hamke