domingo, 23 de agosto de 2015





Parte de mim sobreviveu
a encontros e desencontros
onde as mãos em gestos
de ternura suavizaram a nudez
das palavras nas manhãs
de perguntas sem resposta,
o medo sobreviveu ao silencio.
Depois de tudo, não temos
tempo para as palavras que
como amarras soltar-se-ão
desprendidas do cais onde os barcos
naufragaram a nossa essência.






Célia M Cavaco / Desvios