Abrir um blog de poesia, nada de especial. Mas um blog onde se pode escrever palavras, momentos a partilhar, é um atrevimento, que poderá ser uma ousadia. A minha, onde por instantes viro uma suposta página do meu livro.
terça-feira, 18 de agosto de 2015
A distância tornou-se um obstáculo. Há limites impostos a cada um dos lados. A música que ambos ouvem têm em comum o violino. A porta a atravessar tem duas paisagens,uma o paraíso,outra o deserto.Nesta última há um oásis por descobrir. Esperar a oportunidade para descansar o corpo que cede à tentação de beber a saudade,a nostalgia, e o tempo (...) O outro lado, tem a vegetação que empresta a sombra,e afasta temores; Um bem estar permanente.É o descanso do guerreiro, como se nada importasse depois de todas as turbulências. Se ambos se encontrarem a meio do caminho,podem sempre escolher qual a entrada a fazer. O paraíso,ou o deserto?!.. A música é comum,porque não podem ambos escolher a mesma entrada? Foi assim que interpretou a mensagem encontrada no livro escolhido ao acaso. Suspirou,pensou onde estariam as mãos que manusearam o livro,um livro sem data e sem identificação.Apenas uma espécie de mensagem que deu que pensar.Qual escolheria? Depois de ter lido avidamente pela curiosidade de saber quem a tinha deixado naquela página.Precisamente a página onde tinha parado a leitura para repensar o que iria fazer dali para a frente.Agora que estava a aprender a viver só...
Célia M Cavaco / Desvios