Quando os meus dedos tocam o teu rosto
de olhos fechados desenham a face
da tua juventude,no tacto a cor do coração.
de olhos fechados desenham a face
da tua juventude,no tacto a cor do coração.
No rosto permanece a lembrança
de todas as estações do ano
de todos os aniversários
de todos os sorrisos que caíram
em lágrimas de desgosto e de alegria.
de todas as estações do ano
de todos os aniversários
de todos os sorrisos que caíram
em lágrimas de desgosto e de alegria.
De olhos fechados leio em braille
toda a tua essência,a janela da alma
as palavras da tua poesia.
A que podias ter declamado
e calaste num silêncio furtivo.
toda a tua essência,a janela da alma
as palavras da tua poesia.
A que podias ter declamado
e calaste num silêncio furtivo.
Nos teus olhos ainda consigo
ler o sorriso que escondeste
num horizonte a cores, pintado
em mar de todas as paixões.
ler o sorriso que escondeste
num horizonte a cores, pintado
em mar de todas as paixões.
Na neblina das manhãs de verão
escondeste no teu olhar a dor
de uma partida sem retorno.
escondeste no teu olhar a dor
de uma partida sem retorno.
Um único olhar para lá da escuridão
de passos que se perderam num
caminho sem regresso.
As pegadas são solitárias,procuro a chegada
de passos que se perderam num
caminho sem regresso.
As pegadas são solitárias,procuro a chegada
num olhar para lá do infinito...
Célia M Cavaco / Desvios
Arte: Max Gasparini