quarta-feira, 29 de julho de 2015



Acordo do sono que durmo,é como se estivesse desperta. Ouvi o barulho da porta a fechar-se. Não sei se entraste ou saíste.Por isso levantei-me da cama e procurei-te pela casa. A casa, que, como sempre está vazia.Foi mais uma ilusão de querer-te por perto. Sento-me,respiro fundo, e foco o olhar na moldura vazia. A fotografia desapareceu pelo desfocar do tempo que ali habitou.Agora é um rosto nublado sem restauro. Retorno à cama para dormir no aconchego quente. Lugar deixado vazio, mas ocupado pela tua presença...




Célia M Cavaco / Desvios