Abrir um blog de poesia, nada de especial. Mas um blog onde se pode escrever palavras, momentos a partilhar, é um atrevimento, que poderá ser uma ousadia. A minha, onde por instantes viro uma suposta página do meu livro.
segunda-feira, 15 de junho de 2015
Uma poça de água no chão,virava pista de dança.
Os pés chapinham,faziam movimentos dançantes,numa frenética dança tribal.
As recordações de infância,trazem-lhe à memoria a musica continuada da chuva
Chap...chap...chap...
Era proibido dançar na poça de água. Era atrevida,olhava para ambos os lados,e sentindo-se segura dançava como a melhor bailarina a solo(...) era ela, e a poça de água da chuva,que de tanto rodopiar ficava meio suja salpicando-lhe a roupa.
Era a criança atrevida sem medos dos adultos. Aqueles momentos eram únicos faziam parte de um quadro infantil pintado por um qualquer pintor naif. A menina que gostava de dançar na poça de água,até que o sol se lembrasse de a secar,fazendo desaparecer a pista de dança, da menina que dançava ao som do chap...chap...chap...da água da chuva que fazia ali o seu palco de dança.
Célia M Cavaco / Desvios