segunda-feira, 3 de julho de 2017


Naquele espaço branco de paredes nuas, sombras dançavam em silhuetas indefinidas.
No canto como peça decorativa atirada ao acaso a cadeira desconjuntada.,onde mãos desassossegadas vestiam e despiam peças que sobravam no corpo deitado no único canto disponível, o recanto do chão, lugar de paredes brancas e nuas de pintura. Os corpos formavam uma escultura perfeita.
Deitados observavam a pequena réstia de luz no outro lado do quarto, despidos abraçaram a noite onde as vozes segredaram numa respiração exausta os momentos insanos.
A manhã adormeceu a noite...










CéliaMCavaco,in Desvios