Abrir um blog de poesia, nada de especial. Mas um blog onde se pode escrever palavras, momentos a partilhar, é um atrevimento, que poderá ser uma ousadia. A minha, onde por instantes viro uma suposta página do meu livro.
terça-feira, 22 de novembro de 2016
O vento despiu nas árvores as folhas
que cobriam de manto os passos perdidos
nas reticências ocasionais
pouco sobrou na nudez das árvores.
O vento continuou o cântico,as folhas foram
pretexto para varrer nas palavras o medo.
Muito por dizer,tanto por falar da canção do vento,
o lamento sussurrou antes do crepúsculo nos
infindáveis avessos.
Nasce-se a cada o momento esquecendo no
sossego o instante passageiro.
O vento,as folhas,o canto que soa,sobra o
momento que passa na esquina do vento.
Célia M Cavaco / Desvios