Abriu a porta,a porta escancarou-se,do lado de fora o sol brilhou para nascer uma primavera guerreira. A liberdade alargou o caminho que fez estrada. A esperança deu os primeiros passos,as palavras ouviram-se em eco. Do lado de fora, o Outono esperava com um ramos de flores,folhas de destino em laço dourado. Subiram degraus, ajoelharam-se em promessas.O sim ficou lavrado em papel timbrado,aos pés do altar o beijo para todo o sempre.O Outono direccionou-se para outros mundos à descoberta de novos rumos,outras vidas. Um ramo despontou,chorou,venceu a alegria de criar novos galhos,novas folhas a juntar ao primeiro dos Outonos.
No nascer da folha,a porta reabre para o Outono ser estação de duas vidas,dois destinos paralelos. No cair da folha,dois,são um só...









Célia M Cavaco / Desvios