Abrir um blog de poesia, nada de especial. Mas um blog onde se pode escrever palavras, momentos a partilhar, é um atrevimento, que poderá ser uma ousadia. A minha, onde por instantes viro uma suposta página do meu livro.
domingo, 11 de setembro de 2016
Sabes que quando conversamos um com o outro, os nossos silêncios de reticências têm tanto em comum, que nos deixamos envolver num diálogo surdo que nada mais é que os nossos olhares cruzados no silêncio que nos abraça e envolve
Gosto de ti assim! Tantas vezes sem te incomodar, falo de mim para ti palavras mudas que não ouves. Tantas vezes falamos gestos, que nos tornamos surdos de nos ouvirmos a sós,neste ou naquele gesto permitido algures nas interrogações e reticências. A pausa é o pretexto para nos tentarmos a ser, uma e outra vez, nós nos momentos nossos,sem dialogo,sem a aventura onde pousar todas as palavras que ouvimos em segredo de nós que somos verbo ser, tu e eu... Nós... Quando segredamos os nossos diálogos improváveis.
Célia M Cavaco / Desvios