terça-feira, 1 de março de 2016








Por um dia,as minhas mãos foram
sombra no teu rosto,no teu sentir
aventureiro,no teu mar de ondas.
Por um dia,a chuva não encharcou
o corpo,não molhou o rosto, sol, brilho
do olhar numa nuvem de algodão.
Por um dia...
As mãos cruzaram oceanos,navegaram
esquecidas histórias por contar.
Deliberadamente deram tempo e regresso
a ti que te prometi inteira.
Por um dia,as minhas mãos foram dança
clandestina num recanto indisponível.











Célia M Cavaco / Desvios









Photo: Laura Makabresku