domingo, 21 de fevereiro de 2016






Volto ao lugar de partida. Um lugar sem tecto, uma cama vazia de corpos. Adormeço destapada de afectos. O corpo nu, esconde na escuridão  mãos que partiram sem rumo, sem palavras esgotadas.
Deixo-me ficar, procuro-te entre sons, ecos de desencontros...
Olho-te, retribuis com a inocência dos dedos que sentem o respirar da pele. Deixei de partir,quero ouvir-te chamar-me pelo nome.Depois de ti,lugar onde me perco ao abandono. Regresso lentamente ao vestir da noite...









Célia M Cavaco / Desvios










Photo: Anton Belovodchenko