quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016





Quando nos devoram a inocência
as pétalas empalidecem
voam contrárias ao vento
quebram-se nas folhas ainda
por nascer.
Uma estação que parou e ninguém
se apercebeu o quanto de belo
ficou por florir.
O canto,o embalar do corpo, nada!...
A noite sobre as noites,o medo do

escuro.
A boneca que  aconchega no frio.
O amigo imaginário que fala e abraça...
Os sonhos! A inocência renasce,aprende

a defender-se rasgando o grito que se fez
gente.








Célia M Cavaco / Desvios








Arte: Morteza Katouzian